terça-feira, 5 de maio de 2009

Cartão de cidadão


A saga do cartão de cidadão começa, não com a aventura da requisição do mesmo (pasme-se) mas apenas com a tentativa (quase inglória) do seu levantamento.

Pois é caímos na asneira de dizer que em vez da loja do cidadão queríamos receber o cartão mais perto de casa, ou seja, no registo civil da área de residência...NUNCA! mas mesmo nunca façam isso!
é deveras desesperante, começa pelo facto de na máquina de tirar senhas as referentes ao cartão estarem esgotadas, quando se pergunta porquê a resposta é: "ah e tal, pois acontece, é muito trabalho e se vou a responder a todas as pessoas que me pedem informações não consigo despachar o que tenho em mãos..."
Desculpe?????, pensamos nós que não vemos assim tanta gente na sala e que só nos dirigimos à srª porque a mesma trata efectivamente dos assuntos relativos ao cartão!!!
Por especial favor lá nos dão uma senha amarela, que não tem nada a ver com as senhas da máquina que se encontra ligada ao sistema informático do sítio em questão e atenção:
- O facto de termos uma senha amarela implica necessariamente que, mesmo que tenhamos direito a atendimento prioritário pelo facto de estarmos a tratar de assuntos relativos a uma criança de colo esse direito deixa de existir!
Pasme-se a cor da senha implica perda de direitos legalmente consagrados! fantástico!
Não cheguei a perceber se era burriçe mas uma vez que estava mais gente a reclamar por coisas tão ou mais absurdas passadas naquela repartição pública, tentei antes perceber se tinha ido parar a uma dimensão paralela àquela onde é suposto as pessoas que atendem ao público terem o mínimo de bom senso, já para não falar de outras coisas.
Vá lá, a paragem cerebral da dita srª devia ser só uma quebra de açúcar e logo que retomou a razão fez o obséquio de nos atender, mesmo com a senha amarela.
Claro que tivemos de esperar que chamasse todas as senhas brancas, mesmo que as pessoas que aguardavam na sala lhe tivessem dito que não havia mas ninguém com senhas daquelas - nesta altura sugerimos que perguntasse ela mesmo se havia ou não gente na sala com as senhas sagradas e não é que ela perguntou?!?!?!?

Concluindo - não sei se ei-de rir ou chorar do estado de coisas que cada vez é mais flagrante no que toca ao ridículo mas tinha que escrever, foi das experiências mais surreais que tive numa repartição pública - não há condições

Um comentário:

José Coelho disse...

Eu estive 4 horas para ser atendido em Lisboa quando fui fazer o cartão na sede deles. Quando pedi para levantar o cartão aqui na conservatória da Amadora, esperei meia hora e fui logo atendido. Isto porque, de manhã, eles atendem as pessoas que querem fazer cartões, de tarde atendem as pessoas que vêm levantar cartões. Assim é que é organização.